"Cada marca em seus rostos representa a experiência de vida que têm para nos oferecer."
Autor não identificado
"Mantém-te alegre.
Autor não identificado
E jovem nesta vida.
Autor não identificado
Esquece o teu passado e a tua idade.
Conserva, pois, nos lábios o sorriso,
O porquê do nosso projecto
A partir do momento que nascemos e nos vamos desenvolvendo no mundo que nos rodeia sabemos que um longo percurso, até ao final da vida, nos espera.
Infância, adolescência, juventude e por fim a terceira idade. Somos seres que receamos, um pouco que seja, a chegada da “velhice”. E porquê? Porquê recear uma etapa das nossas vidas tão ou mais marcante e bela como todas as outras?
“Lágrimas e sorrisos fizeram das suas vidas ou seus maiores feitos”(Êlo). Com a escolha deste tema sentimos a necessidade de conhecer e dar a conhecer a todas as pessoas as vivências dos mais “experientes”. Mostrar que por mais marcante que seja esta etapa ela não deve ser esquecida no tempo. É ela que nos mostra todo o longo percurso que percorremos ao longo da nossa vida.
O nosso projecto tem como objectivos:
Ø Esclarecer as principais mudanças que se observam da passagem da idade adulta para a terceira idade;
Ø Proporcionar aos idosos dias e momentos diferentes;
Ø Conviver com eles;
Ø Conhecer e dar a conhecer o dia – a – dia dos idosos nas instituições (centro de dia, lares e apoio domiciliário);
Ø Conhecer a possibilidade de comunicação em caso de urgência;
Ø Acompanhar tratamentos diários de pessoas acamadas;
Ø Perceber os principais cuidados que as instituições têm para com os idosos (na comida, higiene. etc. …);
Ø Conhecer as principais dificuldades dos idosos (motoras e psicológicas);
Ø Compreender algumas doenças que aparecem mais nesta idade.
Esperemos que gostem do nosso projecto e que entendam que, “Cada marca em seus rostos tem uma experiência de vida para nos contar.”(Êlo).
O NOSSO PROJECTO
Montagem: Autoria do grupo
O nosso projecto vai ser constituído por duas vertentes:
· Uma vertente teórica, onde iremos abordar as principais mudanças que se observam da passagem da idade adulta para a 3ª idade, as diversas possibilidades de comunicação em caso de urgência, a integração destas pessoas na sociedade, as principais dificuldades em que passam (motoras e psicológicas) e realçar algumas doenças que mais aparecem nestas idades;
· E uma vertente prática em que iremos exercer trabalho voluntariado nas instituições (lares de idosos, centros de dia e apoio domiciliário).
O nosso voluntariado terá um nome mais específico, “Idoso por um dia”, e iremos proporcionar aos idosos dias e momentos diferentes, conviver com eles, conhecer o dia-a-dia deles acompanhar o tratamento diário de alguns idosos, conhecer os principais cuidados que as instituições têm com estas pessoas e tentaremos distinguir um dia-a-dia de um idoso que esteja em casa o dia inteiro de um que se encontra nestas instituições.
Idoso por um dia
Voluntariado
1º Visita ao centro de dia
Deste dia só temos boas recordações! À chegada, embora um pouco atrasadas, chegámos dispostas a passar um bom bocado naquela tarde. Que bem que nos sentimos ao saber que nos esperaram com ansiedade.
Realizámos um momento musical e um trabalho manual para melhor os conhecer. Para tal organizámos 3 grupos (a marelo, magenta e o azul).
Enquanto preparávamos os instrumentos para o momento musical e 
materiais para iniciar as actividades tivemos a colaboração da senhora Marilyn que nos ajudou bastante tendo previamente preparado a nossa sala e se dispôs juntamente com a direcção do centro a fornecer materiais como as tintas que necessitámos para o BI que elaborámos com sucesso. Também com a ajuda desta colaboradora podemos conhecer algumas limitações de certos idosos (como falta de visão, audição, memória), e adaptar a nossa intervenção, o que foi uma mais valia. O encontro de hoje superou em muito as nossas expectativas, foi fácil conversar e conquistar a confiança dos idosos e sentimo-nos muito bem por terem sido tão acessíveis para connosco.
Diana:
‘’ Gostei muito da parte musical, mas ainda mais da conversa (entrevista). Foi muito bom falar com eles, tal como eu gostei de conhecer como era o seu passado, também eles se mostraram com vontade para falar. Ainda não conheci o feed back mas estou ansiosa."
Cinderela:
‘’ Como se costuma dizer poucos mas bons, neste caso foi pouco tempo mas muito bom, foi incrível como os idosos se mostraram disponíveis e com um à-vontade enorme connosco, não há palavras para descrever aquilo que senti lá, foi uma explosão de sentimentos, mas o que se senti mais foi alegria por estar a ver como os estávamos a fazer felizes por estar com eles. Cantar e tocar com eles foi o que mais gostei. ‘’
Amanda:
“ A nossa vida é feita de bons momentos e passada ao pé de pessoas que nos tornam, a nós seres humanos, diferentes e melhores. Todas nós, após este trabalho, não temos palavras para descrever aquilo que vivemos em apenas 1hora, que para nós passou a correr. Apenas digo que adorei e que me contagiaram com tanta alegria e força de vontade para viver mais e melhor! ”
Mariana:
“ Só uma palavra para dizer como foi o nosso primeiro encontro…Adorei. Senti-me prestável, querida, realizada ao ver aqueles antigos rostos abrirem-se num sorriso ao participarem nas nossas actividades.
Entre sorrisos e abraços, uma tarde inesquecível que dificilmente esquecerei e que quero mesmo e rapidamente repetir.
Despedida no Centro de dia de Calvão
Tudo o que é bom sempre tem um fim e a nossa caminhada pelo centro de dia terminou hoje, dia 15 de Abril. 
Aqui aprendemos que por muito curta que esteja o nosso curso de vida não devemos baixar os braços mas sim continuar a viver aproveitando cada dia da melhor maneira…sorrindo, alegrando os outros, chorando….tudo faz parte das nossas curtas vidas.
Neste dia resolvemos projectar na parede todas as fotos que tiramos ao longo das actividades que realizamos….sorrisos, tristezas, emoções, brincadeiras….
Foi um momento de imensa alegria para todos ao ver os seus rostos na parede….rostos antigos que deixam marcas….
Ficamos muito agradecidas pelos dias que aqui passamos com vocês…e obrigada pela vontade enorme de participação em todas as nossas actividades…
Prometemos cá voltar para recordar bons tempos….
Ficarão na nossa memória…
Aos nossos 34 idosos um muito obrigada….
NOTÍCIAS QUE NOS MARCAM
Instituto de Segurança Social: a rede social de apoio ao idoso e a linha telefónica 144
13 NOV 08 às 01:22
O Instituto da Segurança Social, tutelado pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social, é o organismo responsável pelas respostas sociais destinadas à pessoa idosa, bem como a quem compete o licenciamento e fiscalização de todas as instituições que acolhem ou acompanham idosos.
Em entrevista à TSF, Ana Gomes, a Directora do Departamento de Protecção Social e Cidadania do Instituto da Segurança Social, assume que o Governo desconhece a dimensão do fenómeno da violência sobre idosos em Portugal. “Nós não temos conhecimento de dados que possam medir a realidade no seu todo. Mas é uma realidade assustadora que estará a aumentar.”
Ana Gomes reconhece que “há um longo caminho a percorrer porque esta questão ainda não está bem sinalizada, não está dentro das nossas preocupações. Não é um assunto discutido, é um assunto que ainda nos merece tanto receio pelo seu enigma e dimensão de impotência, que às vezes nos esquecemos que podemos fazer alguma coisa.”
O Instituto de Segurança Social tem uma linha de apoio ao cidadão em dificuldades sociais – a Linha 144 – que, no entanto, não se destina especificamente às questões relacionadas com a violência sobre a pessoa idosa.
(Imagem: de autor não identificado)
A Procuradoria-Geral da República e o crime da violência sobre idosos
13 NOV 08 às 01:25
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, definiu como uma das prioridades da investigação criminal em Portugal, a violência sobre idosos.
Numa das mais recentes idas do Procurador-Geral à Assembleia da República, em Junho de 2008, Pinto Monteiro revelou aos deputados que «tinha poucos dados sobre a violência contra idosos e isso preocupa-me bastante, porque os idosos não têm voz».
A Procuradoria-Geral da República, na sequência de um pedido de esclarecimento da TSF, informou que «não há qualquer grupo de trabalho» especificamente constituído para acompanhar este tipo de crimes. Porém, adiantou que Pinto Monteiro enviou um pedido «às Juntas de Freguesia e demais instituições para colaborarem com o Ministério Público neste campo».
Quanto à dimensão estatística do fenómeno, a PGR esclarece que os casos de violência sobre idosos «só começaram a merecer tratamento autónomo depois das directivas do PGR» pelo que ainda não há elementos conclusivos.
No entanto, apenas como indicadores, podemos analisar os dados recolhidos pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa que revelou à TSF que nos três primeiros semestre, houve 68 novos casos de violência contra idosos: 22 no primeiro trimestre, 29 no segundo trimestre e 17 novos casos em inquérito no terceiro trimestre.
(Imagem: de autor não identificado)
